Postado dia fevereiro 15, 2019 por Web4 Comunicação
Para ter uma franquia é preciso dedicação para fazer o negócio dar certo. O modelo de negócios oferecido pelas franqueadoras é muito mais assertivo porque já foi testado e comprovado e, o investidor, usa o know-how da marca para ter mais chances de sucesso.
No entanto, isso não exime o franqueado de se empenhar no negócio para que a estrutura oferecida pelas empresas de franchising realmente dê certo. Consultamos o empresário e CEO da rede Megamatte, que apresentou os sete erros mais comuns cometidos pelos franqueados e, além disso, ofereceu soluções para cada caso.
1 – Não participar de eventos oficiais da franqueadora. Como a franqueadora, por meio da sua experiência e tecnologia, alcançou sucesso, ela poderá fornecer informações, atualizações e estratégias que facilitarão a operação. Participar desses eventos é agregar informação e conteúdo a ser aplicado no dia a dia com a equipe.
2 – Aplicar uma comunicação diferente da orientada pela franqueadora para clientes e equipe, o que pode ocasionar em desvios de conteúdo e informações relevantes. É importante que o franqueado esteja atento à comunicação da franqueadora e até mesmo contribua para melhorar o processo. Ele precisa absorver, tirar dúvidas e aplicar a comunicação adequada começando pelo time até chegar aos consumidores.
3 – Não zelar pelo seu ponto de venda, equipe e consumidor. O franchising é uma forma de investimento no qual é preciso aplicar o seu trabalho diferente de outras iniciativas, como o fundo de ações, por exemplo. O franqueado precisa ter domínio do seu ponto de venda, começando pela gestão da sua equipe, como oferecer um plano de carreira, condições justas de trabalho, entender as necessidades dos funcionários e promover uma competição interna saudável e, depois disso, pensar no consumidor. É essencial resgatar os princípios do comércio, em que o comerciante tratava o seu cliente sendo um excelente anfitrião, já que o atendimento precisa ser marcante.
4 – Não ter conhecimento em Finanças. O franqueado que não tem aptidão com os números, precisa se capacitar, seja em algum conteúdo disponibilizado pela franqueadora ou no mercado, como fazer um curso de Finanças. É fundamental entender a linguagem do mercado, como alguns termos utilizados: margem de contribuição, Markup, entre outros. Não ter esse conteúdo vai fazer com que o franqueado cometa erros durante a operação.
5 – Não capacitar a equipe por meio dos treinamentos oferecidos pela franqueadora. Esse é um dos erros mais frequentes cometidos pelos fraqueados. Quando isso acontece, ele está indo contra a técnica para obter sucesso por meio de tendências do mercado e mudanças de consumidor. O franqueado precisa ter o hábito e discernimento de disponibilizar o seu time para ser capacitado por quem detém o conhecimento de técnicas atuais a serem trabalhadas no ponto de venda, no caso a franqueadora. A gestão do negócio necessita de capacitação constante.
6 – Deixar que o olhar individual seja priorizado em vez do coletivo. Ao ingressar no franchising, as contribuições precisam ter afinidade com a coletividade, porque, quando se olha apenas para a operação, o franqueado fica desalinhado com o discurso da marca, além de estar isolado, impedindo contribuições de parceiros e de outros franqueados que estão vivenciado questões semelhantes no dia a dia.
7 – O franqueado não está presente na operação, tendo como base o famoso ditado “O olho do dono engorda o gado”. Ele precisa ter o controle de estoque e do custo da mercadoria vendida (CMV), acompanhando sempre os indicadores da franqueadora. É importante que o franqueado tenha o hábito de controlar a saída e compra de produtos, tendo uma análise dos gastos, já que o controle do estoque é fundamental para ter uma gestão correta e lucrativa.
Julio Monteiro
Empresário e CEO da rede Megamatte, começou a sua carreira como balconista da primeira loja própria da rede, em 1995. Cinco anos mais tarde, já era supervisor de oito unidades, além de iniciar a faculdade de Direito. Em 2007, ele deu um dos mais importantes passos da sua carreira, abriu seu escritório de consultoria e advocacia especializada em empresas. Desde a abertura do escritório até 2014, o especialista obteve lucro em todos os meses e chegou a ter cerca de 200 clientes, muitos deles ligados ao Franchising, área que se apaixonou em 2008.
Por quatro mandatos seguidos, Julio foi diretor da Associação Brasileira de Franchising. Em 2013, foi convidado pelo presidente da OAB para ser o Presidente da Comissão de Franquia Empresarial. No mesmo ano, também assumiu o cargo de CEO na Megamatte, selando então o seu retorno à empresa.